terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Oficina escolar utiliza imagens para desfazer imaginário estereotipado sobre povos indígenas

 

Índios da etnia da Rikbaksta na cerimônia de encerramento da nona edição dos Jogos dos Povos Indígenas (Olinda PE). Foto: alter Campanato/ABr para Agência Brasil.

Para desenvolver a atividade, professor apoiou-se na análise de um livro didático utilizado em sua escola, da rede pública do Tocantins, e em questionário aplicado com os alunos de uma turma do 7º ano. Antes e depois da experiência revela mudanças no plano do imaginário.

  

Quando ensinam a história dos povos indígenas, professores e professoras possuem um recurso e tanto nas mãos: a imagem. Essa é a principal mensagem do professor Jorge Ferreira Lima em seu trabalho de conclusão de curso do ProfHistória, “O indígena no livro didático: possibilidades e desafios no uso da linguagem imagética no Ensino de História”, defendido em 2016 na Universidade Federal do Tocantins.

Elâine Souza é a 1ª Miss Brasil indígena: ‘Senti na pele os preconceitos’

 A Miss Brasil 2021, Elâine Souza, 21, primeira indígena a vencer a competição. (Foto: Reprodução/YouTube)

Pela primeira vez na história, o concurso Miss Brasil elegeu uma mulher indígena para ocupar o posto mais alto da disputa de beleza. A vencedora da edição de 2021 foi a estudante alagoana de psicologia Elâine Souza, 21 anos, que é da etnia Katokinn. Em entrevista a Universa, ela falou sobre a vitória e os desafios neste percurso: “Senti na pele os preconceitos”.

Os retornos negativos e alguns episódios de racismo começaram depois que a jovem ganhou o concurso em Alagoas, em outubro deste ano. Ela chegou a ouvir comentários de que “não era indígena de verdade”, por ter um padrão de beleza não comum, por também conviver na área urbana da cidade, além de ter uma rotina na faculdade. “Tive que ouvir piadinhas como: ‘índio tem que ficar em oca’, ‘não sabia que índio tinha celular e internet'”, conta.